sábado, maio 29, 2010

Não entende o que eu sou, não entende o que eu faço, não entende a dor e as lágrimas do PALHAÇO!

sexta-feira, maio 21, 2010

"O que é o que é??

Clara e salgada,
cabe em um olho e pesa uma tonelada,
tem sabor de mar,
pode ser discreta,
inquilina da dor,
morada predileta.,
na calada ela vem,
refém da vingança,
irmã do desespero,
rival da esperança,
pode ser causada por vermes e mundanas
ou pelo espinho da flor,
cruel que você ama,
amante do drama,
vem pra minha cama,
por querer, sem me perguntar me fez sofrer,
e eu que me julguei forte,
e eu que me senti,
serei um fraco,
quando outras delas vir,
se o barato é louco e o processo é lento,
no momento,
deixa eu caminhar contra o vento,
do que adianta eu ser durão e o coração ser vulnerável,
o vento não, ele é suave, mas é frio e implacável,
(é quente) borrou a letra triste do poeta,
(só) correu no rosto pardo do profeta.
Verme sai da reta,
a lágrima de um homem vai cair,
esse é o seu B.O. pra eternidade,
diz que homem não chora,
ta bom, falou ou vai pra grupo irmão ai
Jesus chorou!"

terça-feira, maio 18, 2010

"Memórias, tão perdidas você nem sabe como sabe. Tu só lembra, parece que o portão se abre. A memória é um universo dentro dela tudo cabe. Seja pro bem ou pro mal, você lembra de tal. Lembra melhor que ninguém de quando você tinha alguém..."

Lembrar. Relembrar. Será que existe algum tipo de controle ou bloqueio que permita escolher o que se quer reviver? Será que existe um método para não sofrer com as lembranças, não só com as ruins, mas também com as boas?
Diz-se que não existe a possibilidade de apagar as lembranças, mas há o caminho de se conviver com elas. Será que ter de passar tantos dias restantes de nossas infelizes vidas com todas as coisas ruins remoendo dentro de si, seria viver?
Será que por algum motivo o acaso e o destino nos escolhem para ter de passar por uma provação desse tipo? Será que há algo que justifique tudo isto??
Sei lá, (in) felizmente, não sei de nada. De nada sei.

Existo, persisto. Sempre no mesmo erro de acreditar!

segunda-feira, maio 17, 2010

"A vida corre em linhas tão finas que muitos nem vêem."

O que mais dói na conciência do ser humano é a culpa. Culpa é algo do qual não se pode escapar. Ela corrói, destrói por dentro. Mas até que ponto somos culpados? Eu, pessoalmente, entendo que somos culpados apenas na parte total dos erros. Não se exime de erros, não podemos justificá-los. O que podemos fazer é viver com as consequências deles e com a culpa.
Segundo a definição dos dicionários, culpa é tanto "um ato repreensível ou criminoso", quanto a "consequência de se ter feito algo que não se devia fazer", assim como a "causa de um mal".
Não convém e nem é relevante dizer qual é a culpa que carrego, alguns sabem, outros tantos não. O que é relevante dizer, e é por isso que escrevo (desabafo) aqui, são as consequências de ter de carregar tal fardo.
Como já disse, um milhão de boas ações não justificam, não apagam um erro, não eximem da culpa. A culpa é um fardo pesado de se carregar, talvez o maior de todos. Pois é o sentimento por coisas feitas de errado que não podem ser corrigidas, esquecidas ou justificadas. Carregar a culpa consigo é ter o peito sempre cheio, pesado. É saber que o menor pensamento que lhe possa levar ao deslize exerce o efeito de uma faca sendo cravada direto no coração, é a dúvida de se algum dia conseguirá conviver com seus erros, é a incerteza de se ter tudo novamente, bom como era, antes de ter errado.
É simplesmente como transbordar um copo de água a cada segundo achando que pode enche-lo mais. É o sentimento por algo passado, que não pode ser modificado. É o machucado que não cicatriza, porque mesmo sem querer você sempre arranca a casca. É o ciclo sem fim de algo que vai lhe atormentar pela vida toda... É o pior de tudo, é saber que fez mal a quem mais ama.
Desconheço as consequências de quando não se aguenta esse fardo, de quando o peito pesa demais perante ela. Só sei do que sinto. O passado é intocável. E o futuro é incerto.

quinta-feira, março 18, 2010

Quando a gente cresce a gente diz que é "hominho", 21 anos, uma casa, uma mulher, um emprego, vários amigos... Só nos esquecemos das armadilhas do mundo. De que a lei do universo é clara, o efeito borboleta existe. Você não carrega um punhado de areia com a mão fechada...
Quando se perde algo você fica sem chão, sem mão. Não há nada no mundo, nem uma pilula, nem um tratamento que possa reverter o estado caótico que se forma dentro da cabeça...

Mas vamos levando e seguindo em frente, devagar, porque pressa eu já tive demais!

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

"Uma coisa eu aprendi, esses carros não vão voar, vão ficar engarrafados aqui"

A cidade te come, te gospe te reverte e te ergue. Você cria e vive a cidade. Destrói, constrói, cria, mata, nasce, renasce. Só não aprende, não apreende. Deixa solto, revolta, pobreza, destroços. Não liga, desliga o sentimento humano. Mundano. A morte, sua sorte. Um momento, apenas sentimento, alento. "As casas, os carros, os bairros, as massas, as ruas, favelas, vielas e praças". Liberdade, verdade? Mentiras, intrigas. Estacionados em seu mundo paralelo, em suas coberturas. Bem longe da enchente, da gente. Gente que os põe no poder, dever. Inutilidade da obrigação, ação. Medidas que não são tomadas, toma! Os erros são repetidos, suicídio? E povo volta ao começo, desprezo. Não entende como ainda vive, declive. Em morros prestes a cair, e daí? Eu vivo em minha mansão, milhão! Com os votos da maioria, mentiras. Não existem recursos para resolver, dever? Estamos procurando uma solução, qual que é cuzão!?

Crsce sem saber pra onde ir, pois agora vai ficar parado ai. Pois só terra não faz a cidade, tem guerra, miséria. As pessoas crescem, amadurecem, adoecem e pedem. Só querem um pouco de carinho, um ninho, onde poder cair e morrer em paz. Você faz, faz? Promete, não cumpre. Quer ver crescimento, sem ter alimento, sem poder dar o que comer, sem ter lugar onde se pode dormir. Não tem trabalho, mas quer escravos. Não tem caráter. Não tem dinheiro. Não tem espaço. Não tem tempo. Mas fala, fala até não ter, voz. Sem saber ao certo o que vai fazer, e nós?