quarta-feira, fevereiro 17, 2010

"Uma coisa eu aprendi, esses carros não vão voar, vão ficar engarrafados aqui"

A cidade te come, te gospe te reverte e te ergue. Você cria e vive a cidade. Destrói, constrói, cria, mata, nasce, renasce. Só não aprende, não apreende. Deixa solto, revolta, pobreza, destroços. Não liga, desliga o sentimento humano. Mundano. A morte, sua sorte. Um momento, apenas sentimento, alento. "As casas, os carros, os bairros, as massas, as ruas, favelas, vielas e praças". Liberdade, verdade? Mentiras, intrigas. Estacionados em seu mundo paralelo, em suas coberturas. Bem longe da enchente, da gente. Gente que os põe no poder, dever. Inutilidade da obrigação, ação. Medidas que não são tomadas, toma! Os erros são repetidos, suicídio? E povo volta ao começo, desprezo. Não entende como ainda vive, declive. Em morros prestes a cair, e daí? Eu vivo em minha mansão, milhão! Com os votos da maioria, mentiras. Não existem recursos para resolver, dever? Estamos procurando uma solução, qual que é cuzão!?

Crsce sem saber pra onde ir, pois agora vai ficar parado ai. Pois só terra não faz a cidade, tem guerra, miséria. As pessoas crescem, amadurecem, adoecem e pedem. Só querem um pouco de carinho, um ninho, onde poder cair e morrer em paz. Você faz, faz? Promete, não cumpre. Quer ver crescimento, sem ter alimento, sem poder dar o que comer, sem ter lugar onde se pode dormir. Não tem trabalho, mas quer escravos. Não tem caráter. Não tem dinheiro. Não tem espaço. Não tem tempo. Mas fala, fala até não ter, voz. Sem saber ao certo o que vai fazer, e nós?

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